Reminiscências de um Gago em seu Exílio (Parte 18): Um ano de blog, tempo de fazer um balanço.

Quando esse blog fez nove meses, um tempo de gestação, fiz planos para terminá-lo quando o mesmo concluísse um ano, visto que hoje é dia 10 de Janeiro, exatamente um ano que eu comecei essa saga.Valia pela experiência, pelo gosto que me deu, mas eu realmente não via esse blog continuar. E se eu tinha de por um fim, um ano parecia ser o prazo ideal. Nessa altura tinha uma única dúvida, se eu apagava completamente o Blog, ou se eu deixava navegar feito um barco fantasma, sem vida, mas, como uma memória de algo que existiu.

Fui hoje reler o meu primeiro post(As Estrelas do Céu), foi feito quase com medo, sem saber ao certo o que escrever ou como editar, numa brincadeira ainda, sabendo que escrevia seguramente para mim mesmo e certamente para mais ninguém. E se percorrer o blog, consigo ver e perceber várias fases que ele passou, consigo sentir um percurso que foi sendo feito, passo a passo, post a post. Uma primeira fase muito tímida que eu caracterizaria como conversa à volta do meu próprio umbigo ou imbigo, tipo um blog que fala com o próprio blog.O primeiro poema próprio, em edição revista e comentada, os primeiros post referidos a outros blogs, as empatias que se começam a criar, algumas delas, entretanto desfeitas.

O blog como um jornal que divulga iniciativas e a história de um jovem perdido numa ilha no meio do atlântico. O primeiro texto mais extenso (Reminiscências), que nasceu do desafio de quem leu o que se tornou o primeiro capítulo da série Reminiscências de um gago em seu exílio. O gosto que me deu em, escrever já pensando em quem estava lendo. E assim, enquanto escrevia estas linhas fui correndo o blog, um ano de blog, tempo de fazer um balanço.

O tempo é cada vez menos à medida que eu cada vez mais me desdobro em tarefas, à medida que vou aceitando novos desafios. Parece-me que às 24 horas do dia deveriam ser feitas de pastilha elástica para poder ir soprando bolhas e assim arranjar tempo extra. Mas não são… e a escolha que há três meses me pareceu à lógica foi abandonar o blog, e tentar utilizar esse tempo de outra forma. E hoje, como eu me sinto? Hoje, sei que este blog é uma das coisas que mais me dá prazer. Não só o blog, mas muitas coisas que a ele estão ligadas. Tenho redescoberto o prazer de uma nova amizade, com os comentários de Francisco Mendes, Mônica, Jessie, Luciano, Felipe, Mailde, LucyAnna, Robson Reis e as pessoas que passam nesse blog e não comentam. Ganhando confiança e arriscando-me a fazer mais e a mostrar mais.

E se este fosse o último post eu ficaria com uma pena imensa dos textos colocados aqui. E assim… este blog hoje festeja um ano, sem outras implicações. Um dia terá um fim, mas não será hoje, se eu parar vou deixá-lo navegar feito um barco fantasma, sem vida, mas, como uma memória de algo que existiu. A vocês, corajosos que aguentaram chegar até esta parte do texto, o meu agradecimento por estarem ao meu lado, e gostaria que soubessem o quanto são importantes para mim. E que venha mais um ano de Aluado blog cheio de alegria, diversão e grandes novidades.

Obrigado...