Reminiscências de um Gago em seu Exílio 35: Vinte e poucos anos.

Em que época da vida se conhece as primeiras responsabilidades? Certo, podemos até não respeitá-las, mas nós tomamos consciência da existência delas quando adolescentes. Antes, na infância, o mundo cuida de nós. E nessa época, descobrimos que na verdade tudo o que fizeram para nós, na verdade, era uma preparação, para que um dia possamos fazer o mesmo pelos outros.

Quando somos jovens, temos que nos confrontar com algumas das maiores decisões de nossas vidas - decisões essas que, muitas vezes, são atrasadas - eu que o diga... Mas, pensando um pouco, vejo que tudo isso tem que fazer parte de nossas vidas, pois nos ajudam a evoluir como ser humano.

Em todo esse tempo em que estou de passagem nesse planeta chamado terra, fiz grandes amizades, conheci de forma bem dura a alegria de amar e a tristeza de abrir mão desse amor, fiz esse blog onde se transformou na minha nova casa e onde fiz novas amizade, onde posso destacar o “Francisco Mendes, Mônica e Claro Joanita (Joan)” E que agora são pessoas que fazem diferença em minha vida.

E por falar em vida, é tão estranho, quanto mais fico velho, mais aprendo coisas que não entendia quando era criança. "Naquela época deveria ter feito isso","Naquela época deveria ter dito isso."Tive que prender essas coisas. Não é um arrependimento, mas somente uma penitencia. Com arrependimento eu talvez estaria apenas tentando imaginar que não era tão ignorante no passado. Talvez seja por isso que dizem que adultos são tão egoístas. Mas eu sempre penso que vou guardar no meu coração todas as minhas lembranças até o fim... Mesmo que sejam lembranças tristes e que me machuquem muito. Mesmo que sejam tão tristes que eu queira esquecer sobre elas para sempre. Se eu puder suportar e não fugir delas... Então um dia... Um dia isso vai me fazer (e me fez) uma pessoa bem forte. Eu quero acreditar que nenhuma lembrança em nossa vida deve ser esquecida para sempre...

Quando eu era pequeno, um dia pensei... 'Até onde posso ir sem voltar?'
Gostaria de saber exatamente o que eu estava tentando fazer... E agora...
O que estou tentando fazer... O quê...? Eu finalmente entendi depois de gritar um pouco.
Sempre fui assustado. Eu estava assustado por não entender meu futuro.
Eu estava assustado por não saber o que fazer... E por não perceber isso.
Eu estava assustado com os dias que passam rapidamente sem qualquer piedade.
Mas... Mesmo assim... Se eu continuar andando dessa forma, serei capaz de entender?
Algum dia, talvez eu seja...

E então crescemos e percebemos o quanto nós erramos, o quanto temos que mudar. Chega à responsabilidade e a maioridade cobrando e confiscando todas as atitudes imaturas sem ao menos dar prazo. Aí se aprende de verdade o que é música, e se entende quem nem todo mundo tem a obrigação de entender de música ou outro gênero tão bem quanto você, aprende-se a respeitar a ignorância alheia, pois ignorante também se é em vários outros gêneros. Aprende-se que amor e paixão são coisas completamente diferentes. Vem a responsabilidade profissional, de pretender ser um bom profissional e fazer por onde ser, de ter disciplina e de começar a ter hábitos que antes não existiam. Vem o comportamento centrado e menos impulsivo ( logicamente em proporções condizentes à personalidade ), vem o sorriso com sentido de sorriso e o choro com sentido de choro, vem o mais forte resquício emocional e amoroso deixado e perpetuado pela adolescência.

Tudo completamente normal, tudo completamente visível dentro dos olhos do hoje. Então sobram apenas lembranças, meras lembranças que irão se reproduzir e se fantasiar pra sempre. Nos fazendo cada vez mais pisar em terra firme e fazer o nosso marco, a nossa história.

E hoje, caros amigos e leitores, eu tenho 25 anos e continuo o menino dentro de um projeto de homem, ainda fascinado por cultura Japonesa (Otaku), lendo Harry Potter, Percy Jackson, ouvindo música e jogando video-game. Ainda intransigente sem querer, ainda exagerado e engraçado pra não deixar que nada possa ser pior do que eu consiga imaginar, ainda chato e cético em excesso e sem motivo, ainda cometendo burradas que me fazem refletir. Aí a gente cresce e percebe o quanto somos crianças, o quanto ainda precisamos crescer.

"Obrigado a todos os meus amigos que lembraram da minha existência trancafiada nessa Ilha (Lost) confortável, e acima de tudo, obrigado a minha Mãe e minha Avó por me fazerem ser o que eu sou hoje, e o que serei amanhã e sempre."



Anderson Ricardo
24/09/2010

Comentários

  1. Pois é rapaz, acho que depois que a gente fica "de maior" é que a ficha começa a cair, daí começamos a perceber que ainda somos crianças, que ainda falta muito chão pra percorrer, muita coisa pra aprender, muita vida pra viver, e quanto as lembranças, é bom mesmo não esquecermos, mesmo as ruins, pois acho que é com elas que aprendemos mais, que ficamos mais fortes para a caminhada e para as barreiras que ainda virão.
    Bem... acho que é isso!!!!
    Beijos...

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