Lembra quando eu falei aqui mesmo nesse bloguinho que existem pessoas que nunca saem do nosso pensamento? Pois é, pra mim Priscila foi uma dessas pessoas.
Lá estávamos nós, eu e Junior, dois grandes amigos enfrentando um novo mundo chamado Expansivo colégio e curso. O ano era 2001, e parecia cheio de novas promessas de tranquilidade e alegria. Priscila foi com certeza a garota que me chamou a atenção naquele primeiro dia de aula, e como eu poderia esquecer daquela garota de olhos meio puxados de cabelos negros longos e lisos. Eu realmente estava sentindo algo diferente em mim, e isso já era motivo para tanta felicidade dentro de mim? “Eu estava amando?”.
Mas, às vezes amar é bem mais complicado do que se pensa, principalmente quando se imagina que está pessoa da qual você está gostando vai ignorar - lo totalmente se por acaso souber que sua pessoa gosta dela. E esse foi o meu erro, pois passei a maior parte do tempo escondendo em vez de contar tudo de uma vez só.
Eu lembro-me de uma vez, que ela pegou o mesmo ônibus que eu pegava na volta para casa, e descobri que a avó dela mora mais ou menos perto de onde eu morava (Longe pra caramba) e por acaso ela vendia cachorro quente, nesse mesmo dia logo à noite eu lembro perfeitamente de ter azucrinado a minha mãe para me dar dinheiro e assim comprar o cachorro quente, pois essa era a minha desculpa para poder ver aquela garota.
Quando eu cheguei lá, ela me reconheceu no ato e abriu o mais lindo sorriso do qual eu conhecia tão bem, nesse momento eu vi um certo brilho nos olhos dela (acho que foi a minha imaginação, mas prefiro pensar que foi assim), e isso me fez pensar o quanto o amor nos faz feliz e maluco ao mesmo tempo. Foi então que eu me fiz a seguinte pergunta “será que ela gosta de mim?”, e eu posso dizer com certeza para você que está lendo está reminiscência, que até hoje eu nunca soube a resposta para essa pergunta.
No ano de 2002, não lembro com clareza a data, mas lembro que aconteceu numa sexta-feira. Estávamos largando e eu sentei para amarrar o cadarço do meu tennis e ela chegou junto de mim e disse:
- Vou sair da escola! Minha mãe vai trabalhar como professora em outra escola, e eu vou ser transferida.
Naquele momento eu percebi que tinha que fazer algo, então olhei para ela e disse:
- Priscila, o que eu vou falar parece ter sido tirado de um filme e eu acho que foi mesmo, mas é a única coisa que me vem na cabeça para ilustrar o que estou sentindo nesse momento.
- O que? – Ela disse.
- É incrível como damos valor às coisas que amamos quando estamos prestes a perdê-las. Mas se você tem de ir, fique sabendo que sempre estará em meu coração.
E isso foi o mais perto de uma declaração que eu fiz. No inicio da semana seguinte, ela não veio, fiquei pensando que ela tinha partido da minha vida para sempre, mas na quarta-feira ela me aparece na sala com aquele sorriso lindo, “ela voltou por mim” pensei. Fiquei com isso em minha mente por meses, e no fim do ano letivo eu tomei coragem e perguntei por que ela tinha ficado? Ela me disse que a mãe deixou para ser transferida no final do ano e por isso que ela tinha voltado.
Naquele momento eu percebi que fiquei sonhando em vão com algo que eu imaginei que poderia ser real, mas como eu disse anteriormente, amar é bem mais complicado do que se pensa. Naquele ano eu estava indo morar em Noronha, e no dia da festa de amigo secreto da nossa turma eu perguntei a ela qual escola iria estudar no ano seguinte, e ela me disse:
- Líder, vou estudar no Líder.
Dei um abraço nela e fomos festejar aquela festa de despedida, e logo depois fui seguir a minha vida em Noronha, naquela hora percebi que a minha história com Priscila ainda não tinha terminado, fui para Noronha com a certeza de que cedo ou tarde iríamos nos ver novamente. A questão era, quando e onde?
Continua...
Ahhhhh vc sempre faz isso !!
ResponderExcluirComeça a historia e depois me deixa na maior curiosidade rsrsrs.
To esperando o desfecho tá ?
Beijo. Otima semana.