Uma espada, um arco e um colosso.

Neste Domingo(dia 30/11/2008) junto com os meus amigos Felipe e Evandro jogamos um jogo chamado Shadow of the Colossus, o jogo é bem diferente, principalmente com o fato do herói nem mesmo ter um nome e isso fortalece ainda mais a idéia de que esse jogo não é sobre encarnar um personagem. O personagem e seu cavalo são apenas os veículos para a experiência de jogo, para as sensações que o jogo desperta no jogador. Ao galopar pelo cenário – e o jogo só tem um cenário – a sensação é de extrema liberdade, pois você nunca vê ou imagina onde estão seus limites. Cada colosso deve ser procurado individualmente, tendo como pista apenas o brilho da sua espada contra o sol, que dá uma direção genérica de onde o próximo pode estar. A busca por vezes chega a ser cansativa, percorrendo grandes distâncias e passando por muitas mudanças no cenário.

E qual é o motivo pra enfrentar esses seres gigantescos e que podem esmagar seu personagem com apenas um pisão? O jogo não diz. Caso você consiga exterminar os dezesseis colossos existentes no jogo, talvez você consiga reviver uma personagem feminina, que permanece morta (?) em um altar durante sua jornada. O jogo não deixa claro quem é a mulher, nem qual a importância dela para o seu personagem. Mas como resistir à simplicidade da história? É tão ingênuo e singelo que você simplesmente tem que ir em busca dos colossos, para saber o que acontece. Eu acho que é um homem tentando reviver a mulher amada, e que não mede esforços para conseguir.

Os colossos variam de tamanho, entre grande, enorme e... colossal. Quando seu personagem encontra o primeiro deles, você vividamente experimenta a sensação: como eu vou fazer pra derrubar esse bicho? Novamente, com a ajuda do brilho de sua espada, você deve encontrar pontos fracos na estrutura corporal do colosso, onde você enterrará sua espada inúmeras vezes, até derrubá-lo. Para piorar, muitas vezes os pontos são na cabeça, o que significa que você deve escalar até o ponto indicado. E é aí que está um dos pontos fortes do jogo.

Cada inimigo tem seus próprios padrões de movimentação e ataque, requerendo observação e estudos prévios sobre como abordá-lo. Muitas vezes a solução inclui interação com o cenário, inclusive. Com a combinação certa de ações e fatores é possível fragilizar o monstro de alguma forma (colocando-o de joelhos, abrindo um caminho entre suas pernas, etc.), permitindo que você finalmente o aborde, normalmente na forma de uma escalada do seu corpo. Os colossos são sensíveis à sua escalada, e tentam chacoalhar você para fora, como se fosse uma pulga em um cachorro. Em vários momentos você não pode fazer nada além de se segurar firmemente e torcer para achar um ponto mais seguro antes que a sua força acabe. Resumindo o botão R1 é tudo nesse jogo.

O personagem principal possui uma movimentação muito natural, que se torna aparente em algumas partes do jogo (como quando ele está nadando) e pequenos detalhes que adicionam realismo (personagem ofegando, personagem tropeça quando corre). Sua montaria também parece se comportar como um animal de verdade, apresentando o comportamento esperado de um cavalo fiel. Em várias ocasiões é possível notar o corcel correndo ao lado do personagem, como se oferecesse ajuda, quando envolvido em combate com algum dos monstros.

A sensação de “outro mundo” é reforçada pelas vozes do jogo, pois a língua utilizada é desconhecida, feita pra não ser entendida “de ouvido”. Tudo se encaixa muito bem para a experiência única que Shadow of the Colossus porporciona. Simplemente ser um jogo desafiador. E logo abaixo segue algumas imagens desse jogo desfiador.




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